segunda-feira, 1 de outubro de 2007
Desencontro
Desencontro
A tua lembrança me dói tanto
Que eu canto pra ver se espanto esse mal
Mas só sei dizer um verso banal
Canta você, fala em você, é sempre igual
Sobrou desse nosso desencontro
Um conto de amor, sem ponto final
Retrato sem cot, jogado aos meus pés
E saudades fúteis, saudades frágeis, meros papéis
Não sei se você ainda é a mesma
Ou se cortou o cabelo, rasgou o que é meu
Se ainda tem saudade, e sofre como eu...
Ou tudo já passou, já tem um novo amor, já me esqueceu.
CHICO BUARQUE
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