"O homem bom tira boas coisas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau do mau tesouro tira coisas más. Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo. Porque por tuas palavras serás justificado, e por tuas palavras serás condenado." Evangelho segundo São Mateus
“Boa Sorte / Good Luck” Vanessa da Mata & Ben Harper
É só isso Não tem mais jeito Acabou, boa sorte
Não tenho o que dizer São só palavras E o que eu sinto Não mudará
Tudo o que quer me dar É demais É pesado Não há paz
Tudo o que quer de mim Irreais Expectativas Desleais
That’s it There is no way It over, Good luck
I have nothing left to say It’s only words And what I feel Won’t change
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me É demais / It´s too much É pesado/ It’s heavy Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me Irreais / Isn´t real Expectativas / Expectations Desleais
Mesmo, se segure Quero que se cure Dessa pessoa Que o aconselha
Há um desencontro Veja por esse ponto Há tantas pessoas especiais
Now even if you hold yourself I want you to get cured From this person Who poisoned you
There is a disconnection See through this point of view There are so many special people in the world So many special people in the world In the world All you want All you want
Tudo o que quer me dar / Everything you want to give me É demais / It´s too much É pesado / It’s heavy Não há paz / There is no peace
Tudo o que quer de mim / All you want from me Irreais/ Isn’t real Expectativas / Expectations Desleais
Now were Falling into the night Um bom encontro é de dois .
Ás vezes penso que sou uma princesa... e tu o princípe... Mas a vida não é um conto de fadas e eu não sou uma princesa...perfeita... nem tu o príncipe encantado que me vem salvar das garras da bruxa má ou das chamas do dragão!! E não era bom... podermos colorir o mundo com as cores que nos apetece? :P Eu gostava... mas para onde iria a piada da incerteza??Não saber o que vem por aí... traz a surpresa que anima o dia!!:)
A tua lembrança me dói tanto Que eu canto pra ver se espanto esse mal Mas só sei dizer um verso banal Canta você, fala em você, é sempre igual
Sobrou desse nosso desencontro Um conto de amor, sem ponto final Retrato sem cot, jogado aos meus pés E saudades fúteis, saudades frágeis, meros papéis
Não sei se você ainda é a mesma Ou se cortou o cabelo, rasgou o que é meu Se ainda tem saudade, e sofre como eu... Ou tudo já passou, já tem um novo amor, já me esqueceu.
CHICO BUARQUE
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
As sem razões do amor
Eu te amo porque te amo. Não precisas ser amante, e nem sempre sabes sê-lo. Eu te amo porque te amo. Amor é estado de graça e com amor não se paga.
Amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no elipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo bastante ou demais a mim. Porque amor não se troca, não se conjuga nem se ama. Porque amor é amor a nada, feliz e forte em si mesmo.
Amor é primo da morte, e da morte vencedor, por mais que o matem (e matam) a cada instante de amor.
Encontrei isto por acaso e achei divinal! Concordo plenamente... e mais não digo!!
O elogio do amor "Quero fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria. Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam "praticamente" apaixonadas. Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do "tá tudo bem, tudo bem", tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo? O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida, o nosso "dá lá um jeitinho sentimental". Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar. O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A "vidinha" é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não dá para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende. O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não está lá quem se ama, não é ela que nos acompanha - é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a vida inteira, o amor não. Só um mundo de amor pode durar a vida inteira. E valê-la também"..